Cúpula Cinzenta


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Como seria um último poema de uma vida 
De cores e desamores com erros inevitáveis?

Talvez falasse da fé de uma vida 
Que se segue com um 
Imenso cansaço 
Ou da névoa densa que 
Tudo encobre. 
E ao iniciar os primeiros escritos 
Ouço uma canção 
Antiga e sonolenta 
Os olhos pesam 
Tristeza nos olhos 
E sobre a cabeça o mistério da dor 
E do estar/ e ser/ sozinha. 
Colocando para fora os sentimentos 
O descanso e o esquecimento vem
 Porém distante 
Como que estivesse pendurada num prego enferrujado
Na parede ainda amarelada. 
Tais convulsões de palavras estranhas 
Trazem a lembrança 
mil girassóis explodindo a luz da lua... 
Ouço até o piar das corujas 
Calando lentamente.






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