Da série: Eu nunca gostei das despedidas

Hoje escrevo pra ti:

Eu estive sempre aqui do outro lado da rua olhando pra você

As vezes sem você saber, olhando pra você

Para te ajudar, em qualquer momento que precisar

Mas assim como o sol se vai

Hoje você se foi

Sem a mesma volta do sol no dia seguinte.

Despedida que agora aperta o coração

Que desperta o bem querer que tenho por ti

Prestes a saber que não estarás mais aqui.

A saudade se promove 

Assim como a espera de que um reencontro se renove.

Mas chegou o momento de seguir

Eu aqui do outro lado da rua não posso mais te ver

E nem no amanhã 

Mas no coração que teima em bater...

Quantas histórias posso contar

Além das tantas que viveu

Eu aqui de um lado e você do outro

Divididos pelas mesma rua e uma árvore.

Encontros, filmes, sonos, bebidas, café da manhã

Bolos, crepes, sorrisos, apelidos, as partidas de uno, 

Tudo isso em forma de X-tudo.

Cumplicidade de amantes, colegas e por fim bons amigos

Ausência que será sentida, batida, mexida

Cheia de idas...

Que em sua nova aventura 

Encontres o sucesso, as curtições, os amores

que procura sem muitas dores.

Que as coisas boas te acompanhem 

E que as lembranças daqui também.

Foi bom conhecer o ser simpático, 
zoado, 
engraçado, 
inteligente, 
com péssimo hábito de fumar demais 

Sentado na porta de casa

Ou em outro lugar qualquer

Mas sempre de olho em uma mulher.

Vou estar aqui, 

Exatamente aqui olhando pra você do outro lado da rua. 

Do último apelido doado: Krusty